16/04/2014

Do Amor




Na 2ª feira fui jantar fora com o A., já não aguentava mais, já contamos com 18 semanas de cama.
A Médica não disse que de vez em quando, muito de vez em quando podia ir à rua apanhar ar? Então lá fomos apanhar o tal ar, não demoramos nem duas horas e foi mesmo aqui pertíssimo de casa nem 10 minutos de carro.
Foi bom, muito bom!

Mais uma vez por momentos esqueci-me da rígida e chata dieta a que estou sujeita e acabei por aproveitar (embora com cabeça porque depois a consciência fica pesada) quase tudo a que tive direito no momento.
Mas o melhor foi por a conversa em dia com o A., há meses que não estávamos assim um bocadinho só os dois, tínhamos muita coisa para por em dia.

Inevitavelmente toda esta situação acabou por se reflectir na nossa relação, menos tempo um para outro, menos cabeça para pensar em outra coisa que não seja a M. e os afazeres do dia a dia, menos paciência, menos tolerância, menos concessão, menos tudo... que tem como consequência mais tudo, mais embirração, mais discussão, mais desconversação.... temos sido um casal com grande capacidade para ultrapassar as adversidades do dia a dia e da vida em si, acho que juntos fazemos uma excelente equipa, mas esta mudança radical na nossa vida tem sido complicada de gerir e a adaptação nem sempre é a mais fácil.

Acho que estávamos no nosso limite da paciência e tolerância, precisávamos de uma lufada de ar fresco, namorar um bocadinho, um simples passeio de mãos dadas que se resumiu do carro ao restaurante mas que foi um “mãos dadas” tão espontâneo e natural que concluo que apesar de todas as adversidades nada se perdeu entre nós.

A realidade é que estamos muito anulados enquanto casal, limitamo-nos a viver um dia de cada vez e a deixar andar as coisas e o tempo passar, e desde que nasceu o blogue que ele se queixa que mais facilmente consegue perceber o meu estado de espírito e o que sinto quando me lê do que quando fala comigo, mas a realidade é que não temos falado nada, tenho mais tempo para escrever do que para falar, e se calhar mais facilidade em exprimir-me por escrito do que oralmente. 

A. se me estiveres a ler, quero que saibas que apesar das nossas diferenças, és sem dúvida o homem da minha vida, que te amo verdadeiramente e que quero passar o resto da minha vida ao teu lado, juntos ainda nos vamos rir da situação que estamos a viver. Está quase!


Tua B.

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