30/06/2014

Agradecer a custo zero


Com muita pena só hoje é que tive conhecimento desta iniciativa que por sinal acaba HOJE! 

Dizer obrigada não custa nada. 

Agradeça a alguém especial que os CTT em 5 dias úteis entregam a sua mensagem e a custo zero.

Adoro cartas, já tinha referido aqui.

Ainda que em contra relógio vou aproveitar a iniciativa.

Aproveitem e agradeçam, mas acima de tudo surpreendam quem mais gostam. 

O meu maior medo

é perder um dos meus filhos.

Este é o meu maior medo e o de qualquer mulher que seja mãe.

Perder um filho é contra natura, não está na ordem natural das coisas.

Um filho que perde os pais fica órfão, os pais que perdem um filho o que é que ficam? Não há sequer nome ou adjectivo que qualifique tal estado.

Bem sei que todos os dias existem mães e pais que perdem os seus filhos, mas esta mãe entra todos os dias em minha casa sem pedir Licença e inevitavelmente por trás desta tragédia associo um nome, um rosto, uma pessoa, uma vida exposta.

Nao imagino sequer o que é sentir tal perda, mas sendo um filho um amor maior esta deverá sem duvida ser a maior dor de uma vida.

Ontem fui a correr beijar e abraçar os meus filhos de forma longa e demorada, tentei aninha-los aos dois no meu pequeno colo e faltou-me o ar só de pensar que poderia ficar sem um dos dois. 

Como mãe, tentei que a primeira palavra que a M. dissesse fosse Mãe, nunca mais ouvir alguem chamar-me dessa forma? Que terror! Que medo! 

Nao há palavras suficientes para dizer a uma mãe que perdeu um filho, quando nasce um filho passamos a viver em função dele, sem um filho não se vive sobrevive-se. 

27/06/2014

Ponto de Equilibrio

Sou uma pessoa de ideias fixas, quando ponho uma coisa na cabeça não há quem me demova e se tem que ser então que seja já, e por isso ontem fui logo às compras: 

Ténis  - Check! 



  • Sim sou uma pirosa do pior e adoro cor de rosa, já disse! 


Fui ao Colombo, ir a um centro comercial era coisa que não fazia há meses como devem imaginar, parecia uma tótó a olhar para tudo o que era montra e durante as compras conclui que realmente sou "muito boa" na teoria e a dar conselhos aos outros e que por vezes não tenho a capacidade de os aplicar a mim própria. 

Sou daquelas que defendo que no casamento e na maternidade tem que haver um ponto de equilíbrio e que não me posso anular enquanto mulher, afinal de contas também eu sou uma pessoa dotada de amigos, desejos, vontades, sonhos e planos, pelo que também me devo valorizar. 

Tenho muitas amigas com filhos e antes de eu os ter, fui guardando na minha cabeça os "modelos" a que prestava atenção e que achava que queria ou não seguir, para quando chegasse a minha vez não errar. (Pensava eu!)

Claro que erro, afinal de contas não sou perfeita, ninguém é.

Entro na Zara, voltar a um mundo de roupas, sapatos e acessórios deveria ser toda uma excitação ainda mais depois do tempo que estive privada destas futilidades, olho ao meu redor e vou vendo as coisas mas sem lhes tocar, só olhar, e continuo a andar, a andar, a andar e quando dou por mim já estou a tocar numa peça de roupa, a etiqueta dizia 1-3 meses. Zara Kids aqui estou eu! 

Não quero deixar de ser "eu" no "nós" que é a família que eu criei, mãe não deixa de ser mulher depois que se torna mãe, é preciso cuidar, cultivar e não anular a mulher que existe em cada mãe, acredito até que o casamento fica mais saudável e criar os filhos menos difícil.

Encontrar o ponto de equilíbrio não é nada fácil, mas acredito que não seja nada impossível e espero que eu o consiga encontrar. 





26/06/2014

Das mudanças a fazer já!




Ontem fui à minha outra casa :-) dia de consultas, para mim e para o baby V.!

Tive a consulta de revisão pós parto e uma longaaaaaaaa conversa com a minha médica. 

Primeiro foi avaliada a forma como estava a recuperar da gravidez e do parto, depois seguiu-se o tema - contracepção - e no seguimento deste tema a minha médica foi bem explicita: Não posso ter mais filhos! 

Sou sincera, acho mesmo que não queria ter mais filhos, tenho a sorte de ter uma rapariga e um rapaz, e acho que depois de tudo o que já passei, em especial esta última gravidez não tenho condições psicológicas de pensar sequer em engravidar, mas custa sempre ouvir assim taxativamente que não posso ter mais filhos, imagino quando se ouve que não se pode ter filhos, por esse motivo e porque já sou uma sortuda, este vai ser um assunto resolvido e encerrado na minha vida. 

Por último, o tema foi a minha condição física e isso sim deu-me muito mais para pensar e preocupar. 

Quase 7 meses deitada numa cama trouxeram-me tudo menos saúde, é verdade que não me sinto bem fisicamente, sinto-me mesmo um verdadeiro caco, mas achava que estava melhor do que pensava antes da conversa de ontem. 

Excessivamente magra, massa muscular zero e à medida que o tempo passar e os babys forem crescendo as mazelas vão começar a sentir-se com força, pelo que é urgente começar a fazer algum exercício físico mas com cuidado, vigiado e especifico sob pena de me poder magoar muito seriamente, afinal isto não é uma mera recuperação pós parto, é isso aliado a uma recuperação de inércia muscular de muito tempo. 

Depois seguiu-se a consulta de 1º mês do Vicente, a consulta foi mais minha do que dele, parecia que o pediatra tinha combinado com a obstetra, exactamente a mesma conversa: Tem que cuidar de si, tem que fazer exercício físico! Isto não é uma questão de ficar bem para ir para à praia, é uma questão de saúde. Se não estiver bem não consegue cuidar dos seus filhos. 

E deitei-me assustada, este assunto parece que é muito mais sério do que aquilo que eu pensava e deu-me que pensar.  

Exercício físico é coisa que não faço desde que fiquei grávida da Madalena, estamos a falar de uns dois anos ou mais sem fazer nada, sempre gostei de fazer exercício físico e fazia, mas nada muito rotineiro e fixo, ia ao ginásio quando me apetecia e sem grandes objectivos. 

Parece que vou ter que fazer mudanças na minha vida no que toca a hábitos e rotinas.

Para começar vou ter que ir às compras, ténis e roupa de desporto é coisa que aqui por casa não abunda e o que existe está empoeirado e ressequido de não ser usado.

Há que começar a mentalizar-me que tenho que me começar a mexer, afinal tem mesmo que ser pela minha saúde e também por um bom motivo, estar bem para conseguir tratar deles e não andar a arrastar-me como nos últimos meses. 

Estou desconfiada que isto vai custar!

♡ 









25/06/2014

Maternidade a quanto "obrigas" :-)


Primo M. aos 9 anos decide desenvolver o seu próprio negócio e explorar toda a família, incluído a Baby M.

Uma pulseira em cada pulso e Baby M. aos 19 meses, pirosa e vaidosa que só ela dá de caras com o mundo dos acessórios e fica fascinada. 

Desde então não há quem lhe tire as pulseiras, toma banho e dorme com elas. 

Todos os dias exibe orgulhosa as suas pulseiras, mas cada uma que rebenta é um desgosto para Baby M. 

Não há santo dia que nesta casa não seja por si pronunciada a palavra "nheia" vulgo pulseira. 

Primo M. de férias a sul não está cá para repor as pulseiras rebentadas e para apaziguar o desgosto da Baby M. que já não sai de casa sem as suas "nheias".

Urge resolver a situação e após alguns vídeos no Youtube heis que entro no mundo do elástico:  


Baby M. feliz = Mãe Feliz :-) 

Aceitam-se encomendas :-) :-) :-) 





23/06/2014

1 Mês de Baby V.


Quando eu desejava que o tempo passasse a voar, um minuto parecia uma hora.

Agora que eu desejo que o tempo passe lentamente ou quase mesmo parar, uma hora parece um minuto.

Ontem Baby V. fez um mês e não me importava de voltar ao dia em que nasceu.



♡ 

21/06/2014

3 meses de blogue!





Sou uma pessoa que gosta de festejar. 

Tudo e qualquer coisa me serve para motivo de festejo, mas gosto de festejos daqueles caseiros, entre aqueles que mais gosto e como tal hoje não é excepção é dia para festejar com vocês, afinal de contas se não fossem vocês não havia nada para festejar.

Obrigada por estarem ai! 




20/06/2014

O dia em que o V. nasceu!


O parto estava marcado, pelas 8:00 já estávamos no hospital, estive sempre calma e tranquila, estava desejosa que o dia do nascimento dele chegasse por várias razões.

Subimos para o piso 2, o piso que me é tão familiar, a forma como sou recebida por todos é quase como que chegar a casa, a excitação naquele piso por finalmente o V. nascer é enorme, tal como nós, todos estão desejosos de o ver. 

Entre burocracias e entrar no bloco foi tudo muito rápido. 

Só depois de estar no bloco e já com epidural é que comecei a ficar estupidamente nervosa, muito mais nervosa do que no parto da M., sabia perfeitamente ao que ia mas mesmo assim não foi suficiente. 

A médica começa a cortar e dói-me, a epidural não estava a fazer o efeito desejado, pára de imediato, apalpa a minha barriga, olha para mim e diz-me: vou pô-la a dormir!

Sabia o que isso significava, não ia ver o V. nascer mas confiei nela e assenti, o A. estava ao meu lado e a última coisa que lhe disse: a partir do momento em que ele nascer não o largues, não desvies o olhar dele um segundo!

Ainda acordei a meio olho para o lado não vejo o A. e pergunto se já tinha nascido, se estava bem e se era cabeludo, que raio de pergunta esta última não sei como é que isto me saiu, não me dão hipótese para mais perguntas e põem-me logo a dormir outra vez porque continuava a sentir tudo com dor.

Segundo o A. ainda bem que estive a dormir, o que supostamente seria uma cesariana normal, tornou-se numa cesariana complicada e um bocadinho violenta, baby V. estava completamente atravessado e muito subido e não estava fácil para o conseguir puxar.

Tinha que ser difícil até ao fim!

Já no recobro pergunto ao A. o que tanto me atormentava: Foi para a incubadora? 
A resposta foi positiva, mostra-me no telemóvel uma fotografia dele e acalma-me dizendo que será temporário e que face à gravidez que tive, os médicos estavam espantados com o V. e comentavam entre eles o quanto era um bom bebé tendo em conta a sua prematuridade e tudo o que aconteceu.

Passando uns 15 minutos vêm trazer-me o baby V., já não me lembrava o que era levar esta chapada de amor, o que era apaixonar-me num segundo, enchi-o de beijos e segredei-lhe ao ouvido o quanto estava orgulhosa da valentia e persistência dele, aninhei-o no meu peito e naquele momento desejei ter um botão de stop para parar o tempo e ali ficarmos os dois. 

A minha querida Catarina esteve connosco e captou estes momentos maravilhosos, podem espreitar aqui, pena não a terem deixado entrar no bloco conforme programado mas por vários motivos não foi possível.

Bem sei que este é um momento intimo, e não, não tenho medo de o esquecer isso é impossível, mas eu acho que as imagens conseguem retratar bem o que por ali se sentiu o que por ali se viveu, e eu quero que o V. tenha a oportunidade de ver o "fim" da história e que consiga captar em conjunto com as palavras que lhe fui escrevendo todos esses sentimentos, quero sem duvida partilhar estas imagens com ele quando for maior.

Passou quase um mês e confesso que estou completamente rendida ao meu baby V., olho para ele durante minutos e minutos sem sequer pestanejar.

Este meu filho veio mesmo para vingar, muito curioso, muito comilão e eu sei que sou suspeita mas lindo e perfeito!

A M. está a ser uma irmã tão querida, até ver está a correr bem, tem reagido bem ao irmão, dá-lhe muitos beijinhos e miminhos e está sempre a perguntar pelo bebé. 

Agora é tempo de me dedicar aos dois de corpo e alma, usufruir desta sorte que tive, ter a M. e o V. na minha vida e poder dizê-los MEUS. 








19/06/2014

Inspiração







Estou a começar a acreditar que estamos a começar a entrar na bonança depois de tanta tempestade.

Os dias têm sido cheios de surpresas boas e hoje não foi excepção, ser presenteada por uma amiga assim

Não é motivo de orgulho? Para mim é!

Nunca aspirei a ser motivo de inspiração de ninguém, tudo o que se tem passado aqui foi acontecendo de forma natural e espontânea, aliás, nunca pensei que tivesse a capacidade de inspirar alguém ou o que quer que fosse. 

Nunca pensei que este blogue tomasse a forma que está a tomar, e estou a começar a sentir o peso da responsabilidade sobre os ombros e espero sinceramente estar à altura J

Mas há uma coisa que tem que ser dita, eu não sou nenhuma heroína, a vida e a natureza encarregaram-se de me dar 7 longos meses difíceis e complicados mas tudo o que me aconteceu seria superado por toda e qualquer mulher que estivesse na minha situação, afinal de contas por um filho vale tudo. 




18/06/2014

Há coisas que acontecem por acaso?


Eu acho que não...

e ser considerada uma MãeGyver pela própria MãeGyver? É uma honra!

Já perdi a conta ao tempo que sigo a Ursa nos seus blogues Quadripolaridades e MãeGyver.

Aos anos que sigo estes dois blogues, e sempre me invejou a sua maneira de escrever e o seu humor. 

É de louvar a forma como os usa, já foram várias as iniciativas por si organizadas e sempre em prol de terceiros, a envergadura destas iniciativas parece-me para lá de trabalhosa mas percebe-se que o faz com muita vontade e muito gosto. 

Nisto identifico-me tanto com a Ursa, quando decidi fazer nascer o meu blogue, inicialmente foi como que uma terapia, passava muito tempo sozinha e fazia-me bem escrever sobre o que sentia, depois comecei a receber feed back de outras pessoas e achei que de alguma forma o meu blogue poderia ser útil para outras mães que tal como eu tenham ou tenham tido gravidezes difíceis, a realidade é que sei que tem sido útil, a troca de informação e experiência existe e esse era o objectivo. 

Logo no inicio do meu blogue e após trocar umas mensagens com a Ursa no seguimento de um post por si publicado, dei-lhe a conhecer o Crónicas de Uma Grávida Acamada, ela simpaticamente fez um like na minha página e por ali tem ficado.

Ontem, um simples gosto seu num post meu e o facto de ter divulgado este blogue no MãeGyver, fez com que se desse por aqui uma reviravolta.

Há coisas engraçadas na vida, nesta última semana andava a pensar seriamente no futuro do blogue, achava que já não fazia sentido continuar, afinal de contas e com pena já não estou grávida e passados 6 meses felizmente já não estou acamada. 

E heis que no meio deste sem fim de duvidas acontece este boom e decido que ainda vou ficar por aqui mais um tempo, afinal de contas este blogue sempre me fez e continua a fazer feliz. 

Gosto de pessoas, e as pessoas que por aqui andam foram sempre de uma solidariedade e amizade (mesmo que virtual) incrível e isso sem duvida que me dá alento e vontade de continuar. 

A todas as meninas novas sejam muito Bem Vindas

À Ursa um grande bj 











17/06/2014

Rabinho de Porco Nasceu!


Em casa desde 6ª feira e espero nunca mais ter que voltar. 

Na 5ª feira e após o valor da infecção causada por uma bactéria que finalmente se descobriu ter alcançado valores mais aceitáveis, a equipa médica decidiu que era hora de se tirar o rabinho de porco. Lembram-se dele

É verdade que o rabinho de porco me ajudou muito nessa altura, mas sempre me deu um grande desconforto, então desde que o V. nasceu que o desconforto piorou muito ao ponto de por vezes ter dificuldade em andar, mas agora tinha mesmo que sair, é comum as bactérias ficarem "agarradas" ao cateter e caso isso viesse a acontecer nunca mais me livrava deste assunto. 

O fim de semana foi passado com muita calma e tudo estava a correr bem.

Na madrugada de domingo para 2ª feira as coisas voltam a mudar de figura e as consequências de ter tirado o cateter para mim estavam a revelar-se complicadas e assustadoras, nova perda de sangue na urina e desta vez já não estava a achar a situação normal. 

2ª feira de manhã lá fui a correr para o médico e só pensava o pior, contudo e após avaliação do médico é normal ainda haver algumas perdas de sangue nesta altura do campeonato, mais uma vez há que ter calma e paciência, afinal de contas o organismo está a tentar recompor-se das inúmeras mazelas dos últimos 7 meses. 

Antes de falar com o médico e aflita com a situação, tentei falar com alguém que tivesse passado por situação semelhante, junto de um daqueles grupos de mães do Facebook perguntei se alguma mãe tinha colocado um stent durante a gravidez e como tinha sido quando o tirou e não obtive uma única resposta. Fiquei contente, é sinal que ninguém tinha passado por este terror, mas eu andava à procura de uma resposta para ficar mais tranquila...

Entretanto lembrei-me que quando coloquei o rabinho de porco, uma das minhas leitoras enviou-me o seu testemunho a contar que tinha passado exactamente pelo mesmo e a contar como tinha sido a sua experiência, não pensei duas vezes e recorri à Macarena. 

Não nos conhecemos pessoalmente, mas a Macarena ao escrever-me a sua experiência entrou sem duvida alguma no espírito que eu pretendia dar ao meu blogue, a troca de experiências, seja ela qual for. 

Querida Macarena, muito obrigada pelas suas palavras e por me "ouvir" um enorme bj de agradecimento. 

Agora segue-se um sem fim de medicação e exames para perceber se esta bactéria se vai embora de vez, mais uma vez é preciso paciência muita paciência. 

Obrigada a todos pelos comentários, mensagens e telefonemas, em mais uma aventura que confesso que emocionalmente foi a pior de todas. 

Entretanto a ver se consigo partilhar com vocês o dia em que o baby V. nasceu. 





11/06/2014

Gargalhada do dia

E o objectivo era arrancar-me um sorriso e conseguiu arrancar-me uma boa gargalhada. (Atenção, respeito o tema em causa, mas que teve graça teve) 


A solidariedade e amizade daquelas mesmo a sério não se compram, surgem naturalmente e depois temos que as cultivar. 

Sou uma sortuda no campo da amizade. 

Obrigada G.E. pela tua sempre amizade e por me teres feito rir. 


Esta finalmente está resolvida

Lembram-se das coisas que me apetecia antes do V. nascer? 


A minha querida amiga R. não se esqueceu e ontem quando me veio visitar presenteou-me com esta caixa. 

Soube-me tãooooooo bem, ainda não tinha tido tempo para resolver este assunto :-)

Obrigada querida R. pelo mimo e por teres estado atenta. 

Entretanto está tudo um bocadinho na mesma, valores ligeiramente mais baixos mas ainda longe de serem valores que me possam mandar para casa. 

Continuar a aguardar com calma e paciência.




09/06/2014

E de repente sorri...

Hoje consegui esboçar um sorriso, tive uma estrelinha daquelas mesmo mesmo boas. 

Nos 6 internamentos anteriores inevitavelmente fiz novas amigas face ao tempo que passávamos juntas, as maravilhosas médicas, enfermeiras e auxiliares da unidade de Obstetricia. 

E se sempre me senti especial nas mãos desta equipa, hoje então tive a certeza que sou mesmo uma paciente especial.

A Enfª L., ao saber que eu estava internada na unidade de urologia e que a mesma é vedada ao baby V. mexeu-se de tal forma que hoje fui transferida para a unidade de Obstetricia. 

Ela própria foi dar-me esta maravilhosa noticia e fez questão de ser ela a trazer-me, enquanto me arrumava as coisas dizia-me: Mas faz algum sentido estar aqui e não estar ao nosso cuidado, está em fase de puerperio tem que estar connosco e ligue já ao A. e diga-lhe que pode trazer o baby V. para passar o dia com a mãe.

Isto sim é ganhar o Euromilhões, eu que achava que hoje nem o ia ver acabei por o namorar a tarde toda. 


Saiu-me um peso gigante de cima, a realidade é que me sinto muito melhor aqui e darem-me a oportunidade de estar com o meu bebé vale tudo, era tudo o que eu queria. 

08/06/2014

Dias Tristes...


Dois dias com febres de 40º graus fizeram-me voltar à quase minha segunda casa, não queria era acreditar que era para ficar no verdadeiro sentido da palavra. 

Os resultados das analises acusaram uma infecção grave que a qualquer momento podia desenvolver uma septicemia, fiquei incrédula. 

A infecção mistério que já andava a acusar andava camuflada há 6 semanas pelo antibiótico, findo o mesmo há 3 dias deu o grito do Ipiranga. 

A tac da manhã acusou Pieloneferite, e o internamento estima-se entre 5 a 8 dias. 

Quem me segue desde o inicio acho que consegue ter noção do quanto foi difícil a  minha privação da M, aos poucos tenho trabalhado no sentido de as coisas voltarem ao que eram entre nós, lá vamos andar para trás uns passos outra vez.

E agora ficar privada dela e do baby V. com 18 dias? Estou destroçada! Profundamente triste! Não estava à espera nem preparada para uma golpada destas, achava que íamos começar a ter alguma paz.

Estava a amamentar e vou ser obrigada a secar o leite porque o leite não está em condições para ele, as hormonas ainda andam aqui ao rubro, afinal de contas ainda estamos em fase de puerperio e a cicatriz não me deixa esquecer isso mesmo. 

Por muito boa vontade que se tenha, a paciência tem limites, vão ser dias muito difíceis. 

Entretanto dicas de um urologista daqueles mesmo mesmo bons são aceites. 

Continua a não estar fácil!

Não, não estamos desaparecidos quero tanto contar-vos coisas, novidades, falar sobre o V., mas as coisas ainda não estão fáceis para mim.

Prometo que quando puder conto tudo! 

Desculpem a ausência e obrigada por estarem aí.